Pai: uma mão estendida e um convite para o mundo
A relação que mantém viva a chama do sucesso
Na nossa vida precisamos daquele que nos apresenta oportunidades, dá coragem, que faz seguir em frente e ter sucesso: o pai. Muitas vezes, eles podem ser incompreendidos e julgados por serem símbolo de máxima autoridade, mas precisam prover seus filhos com disciplina e segurança. Muitas vezes, ao contrário, sem a força necessária para gerar segurança na família e por isso vistos como ausentes.
Eles são heróis não somente por cuidar e ajudar a crescer, mas também por suportarem o limite que precisamos e que não queremos enfrentar. São os que, junto com nossa mãe, nos passaram o bem mais precioso: a vida.
Papel de pai e mãe segundo a Constelação Familiar
Os papeis de pai e mãe podem variar, mas se completam e têm algo de especial. No primeiro momento da vida, é da mãe que o filho mais precisa, do seu alimento, da segurança e do acalento. Com o tempo, o papel do pai será importante, pois guiará o filho para novos voos e um mundo para descobrir.
Segundo Hellinger, somente na mão do pai a criança ganha um caminho para o mundo. As mães não podem fazê-lo. O amor dele não é cuidadoso nesta forma como é o amor da mãe. O pai representa o espírito a coragem. O olhar do pai vai para a amplitude. Enquanto a mãe se move dentro de uma área limitada, o pai nos leva para além desses limites para uma amplitude diferente. É com o pai que aprendemos a olhar além. O pai nos ensina a “ir” para o mundo com habilidade, coragem autoconfiança, autonomia, capacidade de aprendizagem, de mudança praticidade e segurança.
E quando há conflito com pai?
Dentro do sistema, o pai tem papel social de autoridade e ordem e muitas vezes temos dificuldade de compreender esses papeis. Nossos pais são pessoas comuns que também trazem marcas da sua própria história de vida e, por isso, passaram apenas o que receberam. Porém, ao olhar para o pai, muitas vezes esperávamos mais. É comum também surgirem conflitos familiares e o olhar do filho se voltar apenas para a mãe. Este movimento afasta a possibilidade de tomar o pai e de aprender a sustentar o sucesso.
Hellinger diz que devemos deixar com os pais o que pertence ao destino deles, com tudo o que faz parte e tudo que faz falta. Um dos princípios de Bert Hellinger diz respeito a hierarquia: os pais são grandes, os filhos são pequenos. Os pais dão, os filhos recebem e não precisam devolver. Repassam aos descendentes aquilo que receberam. No entanto devido a emaranhamentos no sistema familiar, o olhar de amor dos filhos permanece preso na dor dos pais. Este movimento tira a força para seguir com firmeza em direção ao futuro. Por isso é importante refletir sobre a relação com o pai.
Perceba se você aprova seu pai, se questiona a profissão dele, se você se julga melhor que seu pai, se questiona as atitudes do seu pai, se você sente o pai ausente, se você perdeu o pai muito cedo, se sente pena do seu pai, e outros sentimentos e pensamentos que o diminuem.
Quais as dificuldades relacionadas a conflitos com o pai?
Nossas dificuldades apontam para aquilo que ainda precisamos compreender e dar um lugar no coração. Quando não tomamos o pai podemos ter a sensação de vida estagnada apesar do esforço em se movimentar em direção aos projetos, dificuldades de mudança, medo de arriscar, medo de empreender, dificuldades de realizar projetos sozinho, vícios, sensação de peso na vida, dificuldades de reconhecer a própria força, instabilidade financeira, dificuldades nos relacionamentos e outros. A maneira como nos relacionamos com o pai hoje e no passado, influencia na maneira como nos relacionamos com a nossa profissão, os relacionamentos e os resultados financeiros.
É necessário reconhecer nossos pais como pessoas normais e comuns e que vieram de seus próprios emaranhamentos. Existem situações em que se faz necessário um acompanhamento profissional mais profundo para superar grandes abusos e mágoas, compreender e superar e sentir-nos seguros para caminhar adiante sempre gratos pelo que bem maior que recebemos: A vida.